29.10.11
Felicidade Clandestina
23.10.11
Clave de Garoa
18.10.11
Lamentável Decrescencia
Resolvi voltar ao monumento que eu abandonara tempos atrás. Não era grande, não era suntuoso, mas eu me apaixonara pelos detalhes. Pelo barulho que o vento fazia ao atravessá-lo, era uma musiquinha.
Ficava perto de um bosquezinho, no alto de um morro daqueles bem apiques, que não te deixam descer de bicicleta quando criança; do lado havia uma árvore, que lá pelos meados de setembro desdobrava-se em flores roxas e despia-se de suas folhas.
Aquele monumento, então meu, já havia agüentado facões e ladinismos; tempestades de palavras e trovões de deboche, mas manteve-se imóvel. Me encantou a sua força. Assim mesmo, uma ação completa, finita. Mal desconfiava...
Não existe fato, as coisas mudam. Eu já não era o mesmo e divagava o motivo que me fazia regressar para algo agora sem sentido. Contraditório ia pra ver de novo, pra ressuscitar as noites claras e os finais de semana confinados com a diversão particular. E fui.
Cheguei e vi o que me calou. Minha jornada - mal eu sabia, pobre de mim - fora pra dizer adeus ao que restou do que um dia foi bonito. É algo estranho o que sinto, talvez decepção. Já superei a dor, nunca houve arrependimento. Ainda é estranho... como se houvesse esquecido a letra de sua canção favorita. Meio inacreditável, já que ela quase cantava-se sozinha... era fácil. Uma musiquinha. Não posso me lembrar, nem sentir a batida. Mas eu sei que você sentiu monumento, forte demais. Insuportável, desmoronou.